Efemérides Astronômicas – Agosto 2021

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A agenda astronômica de agosto traz seis fenômenos em destaque. Observáveis a olho nu em ambos os hemisférios,  eles nos convidam a refletir sobre o nosso tamanho perante a grandiosidade do universo que nos acolhe. 

Fases da Lua

8 / agosto – Lua Nova 

15 / agosto – Lua Crescente 

22 / agosto – Lua Cheia 

30 / agosto – Lua Minguante 

Oposição

Em agosto, os gigantes gasosos Saturno e Júpiter poderão ser observados com mais plenitude. Vão estar em situação de oposição. 

Quando um planeta de órbita mais distante do Sol do que a da Terra – chamado de planetas externos ou superiores – forma um alinhamento com o Sol e a Terra, posicionada entre eles, temos uma situação de “oposição”.

Esse termo é utilizado pela astronomia para esse evento, pois o planeta está em posição oposta ao Sol; ou seja, ele nasce na hora que o Sol se põe (horizonte oeste), fica visível toda a noite e se põe quando o Sol nasce (horizonte leste), visto aqui da Terra. 

A situação de oposição do planeta nos propicia um ótimo momento para observá-lo porque, além de ficar mais tempo no céu noturno, ele ainda estará com mais brilho devido a sua posição de maior proximidade da Terra. 

As imagens ilustrativas ajudarão a compreender melhor esse fenômeno. 

2 de agosto 

Saturno em oposição

19 de agosto 

Júpiter em oposição

Conjunções em agosto

Neste mês, em três momentos distintos, o nosso satélite, a Lua, formará conjunção com um planeta, – primeiro com Vênus, depois com Saturno e por último com Júpiter. Isto significa dizer que ela estará aparentemente bem próxima desses planetas no firmamento, de acordo com o nosso campo de visão aqui da Terra. 

 As três conjunções são observáveis a olho nu ou através de um binóculo, mas não caberão no campo de visão de um telescópio. 

11 de agosto

Conjunção entre a Lua e Vênus 

A Lua estará a 4º17’ ao norte de Vênus de 18h25 até 20h29 (Brasília -03 UTC), aproximadamente, formando a conjunção, 31° acima do seu horizonte oeste. Após 20h29 (Brasília -03 UTC) eles afundarão abaixo do horizonte. 

A Lua estará em brilho de magnitude -10,0 e Vênus de magnitude -4,0, ambos na constelação de Virgem.  

20 de agosto

Conjunção entre a Lua e Saturno 

Lua e Saturno estarão visíveis em conjunção no céu noturno por volta das 18h28 (Brasília -03UTC), 23° acima do seu horizonte leste. Às 23h12 (Brasília -03UTC) atingirão o ponto mais alto no céu, 87° acima do horizonte ao norte. Continuarão a ser observáveis até aproximadamente 05h00 (Brasília -03UTC), quando afundarão abaixo do horizonte. 

A Lua estará em brilho de magnitude -12,6 e Saturno de magnitude 0,2, ambos na constelação de Capricórnio. 

22 de agosto

Conjunção entre a Lua e Júpiter 

O par, Lua e Júpiter, estará em conjunção entre 18h34 (Brasília -03UTC) – quando chegarem a uma altitude de 7° acima do horizonte leste – e 6h07 (Brasília -03UTC), quando afundarão abaixo do horizonte oeste. Eles atingirão seu ponto mais alto no céu às 00h21 (Brasília -03UTC) quando estiverem à 82° acima do seu horizonte ao norte. 

A Lua estará em brilho de magnitude -12,7 em Aquário; e Júpiter em magnitude -2,9 em Capricórnio. 

12 de agosto 

Chuva de Meteoros Perseidas 

Agosto também terá uma atividade mais intensa de meteoros atravessando a atmosfera terrestre, em velocidades aproximadas de 70 a 100 km/s, produzindo no céu rastros brilhantes e persistentes em alguns locais, e rastros brilhantes e curtos em outros. 

É a chuva de meteoros Perseidas dando seu espetáculo! 

Esse prolífero chuveiro, resultado da passagem da Terra, durante a execução de seu movimento orbital, pela esteira de detritos ejetados no cosmos pelo cometa 109P / Swift-Tuttle, de atividade entre 17 de julho e 24 de agosto. O seu pico – momento de maior atividade e visibilidade – ocorrerá no dia 12, a partir de 2h39 até 6h00 (Brasília -3UTC), quando será sua maior exibição, pois seu ponto radiante – referencial de origem do chuveiro de acordo com o nosso ponto de observação aqui da Terra, que no caso é a constelação de Perseu, por isso seu nome “Perseidas” – estará mais alto em relação à linha do horizonte. 

Durante o momento de pico, a chuva de meteoros Perseidas, poderá produzir entre 24 e 140 meteoros por hora, dependendo da poluição luminosa e da altitude do ponto radiante do local do observador.  

Como exemplificação, no momento do ápice da Perseidas em São Paulo (Brasil), a altitude do radiante será de 9º acima do horizonte, e poderá gerar uma produção de até 24 meteoros por hora; e, em New York, a altitude do radiante será de 69º acima do horizonte e poderá gerar até 140 meteoros por hora. 

Para observar a Perseidas, procure um local com o mínimo de poluição luminosa – o luar terá interferência mínima porque nesse período a Lua estará próxima à fase nova –, espere algum tempo até sua vista se acomodar; então dirija seu olhar na direção norte e, se tiver conhecimento das constelações, localize a constelação de Perseu no céu. Pronto! Agora é só viver a experiência. 

Fontes: jpl.nasa.gov/calendar / solarsystem.nasa.gov / in-the-sky.org / Stellarium.org / rmg.co.uk / earthsky.org  / space.com / derekscope.co.uk / amsmeteor.org / IMO (International Meteor Organization) 

As efemérides astronômicas são uma agenda mensal elaborada pelo Setor de Astronomia, que é um dos 12 que integram o Departamento Laboratório da PRÓ-VIDA. No departamento, são desenvolvidos estudos, pesquisas e experiências científicas relacionadas a diversos temas, bem como atividades de campo e palestras. 

As efemérides astronômicas são uma agenda mensal elaborada pelo Setor de Astronomia, que é um dos 12 que integram o Departamento Laboratório da PRÓ-VIDA. No departamento, são desenvolvidos estudos, pesquisas e experiências científicas relacionadas a diversos temas, bem como atividades de campo e palestras. 

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